esforçando para seguir,
apesar.
todos os dias,
batalha.
alerta e perigo,
enrijeço
e tenciono.
mecânico,
sentir.
quando,
duvido do tempo.
passa,
mesmo?
esforçando para seguir,
apesar.
todos os dias,
batalha.
alerta e perigo,
enrijeço
e tenciono.
mecânico,
sentir.
quando,
duvido do tempo.
passa,
mesmo?
Às vezes não nos damos conta da quantidade de ritos de passagem que vivenciamos ao longo da vida. Os Ritos de passagem, de acordo com site de buscas: “são celebrações que marcam mudanças de status de uma pessoa no seio de sua comunidade, que podem ter caráter social, comunitário ou religioso. Os Ritos de passagem são aqueles que marcam momentos importantes na vida das pessoas”. De quantas cerimônias somos constituídos? Quantos ciclos finalizamos e reiniciamos ao longo da nossa existência?
Suponho que hoje – último dia do ano – seja uma boa oportunidade para pausar algumas horas, olhar para trás e rememorar os ritos vividos durante o ano – o que conseguir lembrar ou talvez o que não se quer lembrar. Corre-se o risco de cair uma lágrima ou outra pelas memórias evocadas, mas água com sal liberta. Cá estou eu – com mais um rito para vivenciar – decidi elaborar meu rito de final de ano, um momento para se reconectar com minhas ancestrais – as mulheres que vieram antes – as sábias, as bruxas, as deusas, todas aquelas que contribuíram biologicamente e energeticamente pela nossa criação.
Faço um Rito simples, mas carregado de significados: água, ervas aromáticas, especiarias e pés descalços, conexão com a natureza sagrada. Molhar as raízes, adubar o solo para o que virá. Refazer minhas forças, seguir com todas as minhas ancestrais segurando minha mão, pois, elas me compõe – sozinha não estou.
Um Feliz Ano para vocês! Que dois mil e vinte três seja um ano de LUZ!
estou me protegendo, foi o que eu disse com os olhos marejados .
não se consegue esconder um sentimento por tanto tempo;
de mim,
dos outros,
do mundo,
pensei.
a conclusão:
neguei por diversas vezes.
tenho vergonha.
assumir,
fraqueza.
estou em falta com minhas amigas;
em falta comigo mesma;
falta de brilho;
estou em falta com a vida;
em falta com a leitura;
falta de música;
estou em falta com a fotografia;
em falta com a alegria;
falta de cor;
estou em falta com os meus;
em falta de escrita;
falta de ser;
estou em falta;
estou
pausa.
algumas páginas estão em branco. tem um tempo que o hiato das palavras me visitou. sem ideias. mas cheia de pensamentos.
uma caixa com sonhos.
minúsculos.
pedaços recortados de papel.
a Lua.
todas as suas fases.
moram em mim.
poesia.
pura.
A sensação de estar de volta, para dentro de mim mesma, é indescritível.
[📣 alerta de textão]
Ato de resistência tem sido ser mulher dentro dessa sociedade doente, é repugnante, vem o gosto amargo na boca.
Não foi fácil acompanhar as últimas semanas dos noticiários. Fomos queimadas na fogueira em pleno século XXI, como na caça às bruxas que aconteceu no período da inquisição, no século XVI. Amarradas, amordaçadas, ameaçadas. Sofremos abusos TODOS os dias: de poder, físico, psicológico… não consigo enumerar, porque são infinitos. Nascer menina é ser inferior, condição criada pelo sistema patriarcal séculos atrás.
Estamos em 2022 e continuamos DOMINADAS pelo patriarcado. Chego a duvidar que um dia estaremos livres do MACHISMO e que seremos respeitadas.
Hoje estou cansada – resolvi me acolher – o chocolate é para disfarçar o amargo da boca, a frase é para não esquecer que somos resistentes. Amanhã começamos novamente, não vou desistir de desejar IGUALDADE e RESPEITO, sempre. JUNTAS.
É desafiador abrir um novo caminho na mata densa, com solo escorregadio e lama que te prende os pés. Em alguns momentos da vida nos dizem para seguirmos sozinhas e não há outra opção a não ser, ir, sobretudo, em frente.
Veja bem, não há o que fazer
Se os erros atrás não fazem mudar você
Me busquei dentro dos olhos teus
De tudo encontrei, mas nem um resquício meu
Quis desafogar você do amargo mar de não se importar assim
E as migalhas que me deu não quero mais, eu quero mais pois
Foi pra longe de nós, se perdeu
Avançando os sinais do meu eu
Me encontrei como cais de nós dois
Só parta em paz, pois parte de nós já foi
Quis desafogar você do amargo mar de não se importar assim
E as migalhas que me deu não quero mais, eu quero mais pois
Foi pra longe de nós, se perdeu
Avançando os sinais do meu eu
Me encontrei como cais de nós dois
Só parta em paz, pois parte de nós já foi