
Fonte da imagem Pinterest
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Constantemente lidamos com sentimentos que não sabemos nomear. Nos últimos anos busquei entender, compreender e respeitar tudo que sinto – engana-se quem pesa que é um exercício fácil – corremos o risco de encarar de frente nossa pior versão. Por diversas vezes me desconheci. Me encantei também. Ainda há muito que chacoalhar aqui dentro, muito de mim ainda é desconhecido por mim mesma. Às vezes sei dar nome a tudo que sinto, já em outras não faço a menor ideia. Ontem eu estava triste. Hoje não sei dizer o que sinto, não é tristeza mas também não é paz; não é medo mas também não é coragem; não é solidão mas também não é presença; não está escuro mas também não está claro; não é saudade mas também não é raiva. Domingo, hoje não sei te nomear.
Eu pedi desculpas por ter me expressado agressivamente. Me coloquei no seu lugar e não foi confortável ouvir a frase dita por mim. Não tive intenção de te machucar. Eu também estou me (re)conhecendo e encarando meus medos. A luz vermelha também piscou, se você quer saber, para mim. Ainda tomo os três comprimidos coloridos e choro no travesseiro algumas noites. Não quero cobrar, apertar ou sufocar. Respeito o seu processo. Tenho certeza que não foi e não está sendo fácil. A gente se perde mesmo no meio do caminho, mas a gente volta a caminhar. Quando eu te disse, vamos, eu não menti. Me joguei de cabeça. Refiz planos e coloquei você neles. Há certezas e não dúvidas.