
[Mandala Lunar, 2023]

“A transformação é irreversível. Nada muda de verdade até que já não existe outra opção. A transformação verdadeira só acontece quando a escolha é entre aceitar o novo ou morrer. Aceitar o desconhecido ou perder-se para sempre.” – Talvez Seja Isso
Mandala Lunar, 2022. P.158
“Regenerar nunca é uma questão geral, pois se trata de criar ou reativar relações corpo a corpo, sempre tentaculares, sempre parciais, sempre a cultivar, isto é a retomar sob o signo da ausência de garantia e também da dor quando a perda é irremediável.” — Isabelle Stengers
“Abrir a visão aos mistérios da vida é ter caminhado com os pés no chão, com as mãos no universo, com os olhos na ancestralidade, com os ouvidos musicais e com o amor no coração. É assumir a felicidade da vida custe o que custar até a morte, mesmo que a alma sangre, mesmo que o desamor maltrate e as lágrimas sucumbam. E o milagre explode: a sabedoria dos tempos! Por isso, oremos à natureza para que a justiça se faça.” Eliane Potiguara
*fonte: Manda Lunar 2022, p.137
"A ilusão de que o tempo é linear (tem começo, meio e fim) é também a ilusão de que tudo deveria ser exatamente do jeito que a gente imaginou." - Planejamento selvagem
Mas nosso tempo é cíclico, tempo-espiral. Conhecer a Lua, as estações, o óvulo, cada um em seu ritmo, no seu ciclo e confluindo. Ser flor não é só ser esplendor. Ser flor é se permitir revolver a terra, lançar-se como semente, nutrir, florescer e reflorescer conectada com o ciclo pessoal e do universo.(Renata Stein)
*imagem arquivo pessoal, 2022
“Qual a menor ação possível agora? Se você está se sentindo travada, — uma ferramenta poderosa é identificar a menor versão possível da ação que você quer tomar. A menor ação possível é tão pequena que não tem a força de nos paralisar -dá pra fazer agora. – Planejamento Selvagem
Mandala lunar 2022 : um caminho de autoconhecimento / organização Ieve Holthausen, Naíla Andrade. –1. ed. — Porto Alegre, RS : Mandala Lunar, 2021.p.93
é sobre não fugir do medo, mas saber o que fazer com ele.
quarto de espelhos
eu ando pelo mundo arrancando as etiquetas que colam em mim. eu não caibo nas gavetas, caixas e prateleiras que me apresentam como destino.
minha partida é inteira. sou mais desatino e revoada do que ponto de chegada. quando me vês, sou outra, e a mulher que anda firme ao meu lado é uma versão atualizada de mim.
lamento bem pouquinho se te desagrado. e ofereço: teu olhar crítico viesse com cep, te devolveria compassiva cada uma das expectativas sobre quem você supõe que eu sou.
de brinde, te enviaria caquinhos deste quarto de espelhos que estilhaço a cada dia.
por irônico que pareça, quebradinho tem mais-valia nesse jogo que nos separa à serviço da mercantia.
por todas as vezes que me senti inadequada, o meu desagravo é me amar tim-tim por tim-tim, hoje, amanhã, sempre: respirando, acolhendo e celebrando esta que vou sendo… até o fim.
Nanda Barreto
Nosso instantes…