texto que não será enviado

Faz muito tempo, que não tem um sábado 27, em novembro, ainda lembro daquele. Recordei isso no início dessa semana, quando precisei digitar a senha do app. Pensei em te escrever, devo ser mesmo teimosa, e já que sou... Porquê não?

Não procurei pensar muito no que falar, escrevo a medida que as palavras saem. Chamar de mais uma tentativa, de mais uma chance... Não sei. Talvez eu não faça ideia do perigo escondido nessas minhas palavras, de eu mesma me machucar. Crio expectativas, difícil evitar.

Será que como nos filmes, a gente pode "zerar", não no sentido de esquecer tudo, mas no sentido de reiniciar? Pensei nesse 27/11, a gente sentar, conversar... Só não dá para ter show do Calipso.  

Sei que não posso entrar assim na sua vida, do nada, e talvez bagunçar o que você já arrumou, não é minha intenção, nunca foi. Eu sou mesmo "exagerada" e exageradamente teimosa, te faço o convite para um café, no sábado 27, no final da tarde. Você pode recusar esse convite e tudo bem se for assim, quem sabe só tenha existido um 27/11 na vida da gente.

Me sinaliza até sexta.

Abç

limite

Parece que o toque passou a ser dolorido. Carinho é limite que não pode ser ultrapassado. Entre nós há muros.

Existe uma parede invisível entre nós que tem sido difícil ultrapassar. Talvez inconscientemente tenhamos construído esse limite. Nosso carinho, aquele de dedo, parece espinho e por receio de nos machucarmos evitamos o toque.

Não saber se posso te tocar é doído. Jamais imaginei pedir licença para poder segurar sua mão. Leio por aí que não se deve pedir carinho e que afeto não deve ser aceito em migalhas.

Busco entre livros, explicações científicas que me façam compreender essa dinâmica sem julgamentos. Tenho vivido a espiritualidade profundamente entre meditações, rezas, mantras e orações.

Meu desejo é estar consciente para assumir uma decisão assertiva e não olhar para trás, pois, é pesado demais carregar mágoas e rejeições por uma vida inteira.

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