ATWOOD, Margaret. O Conto da Aia. Trad. de Ana Deiró. Rio de Janeiro: Rocco, 2017. p. 90 Afundo dentro de meu corpo como se dentro de um pântano, um atoleiro, onde só eu conheço os pontos de apoio seguros para os pés. Terreno traiçoeiro, meu próprio território. Torno-me a terra contra a qual encosto minha orelha, para escutar rumores do futuro.
lama
Desmoronei novamente
Enquanto escavo um novo caminho escorrego na lama que tenta me manter presa no fundo. Um poço escuro de água salgada. Sem equipamento de mergulho é difícil emergir. Me seguro nas paredes em ruínas mas deslizo antes de ver a luz. Desmorono mais uma vez.