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escrever me salva

páginas em branco para a jornada que se inicia...
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Nota

a mulher e seu caderno

nas últimas folhas em branco, escrevo. sexta-feira, 31 de dezembro, Lua minguante “que é uma fase de reflexão, de eliminação, finalização de ciclos e limpeza”, de acordo com os astrólogos. que ano! não é sobre perdão, é sobre mágoa e decepção. só o tempo pode resolver. a chave vira. neste ano escrevi – muito. cadernos – sim, no plural. foram meus companheiros. registros de sentimentos genuínos. estou presente em todas as linhas. me reconheci. assustei. reuni minha melhor e pior versão. acolhi meus defeitos. respeitei meus limites. corri na chuva. senti – tudo. aprendi sobre força e também sobre desânimo. chorar. escutar. sorrir. me posicionar. defender meu ponto de vista. estudei. me aproximei das minhas ancestrais – mulheres guerreiras. pedi ajuda. sobrevivi. estou aqui contando a minha história. cheguei longe nos últimos meses. há muito caminho para ser percorrido. sou a mulher e seu caderno.

não é apenas fazer força

Têm uma combinação de medicações, terapia, atividade física, leituras, estudos, meditação, oração, autoconhecimento, apoio da família, das amigas… é uma lista quase infinita.

Estou fazendo toda essa “engrenagem” rodar. É sobre isso, quando digo que existe um cansaço por ter que fazer força todo o tempo, cansa, muito.

Caminho, corro, tropeço, caio, choro, descanso e levanto novamente… Está sendo assim, todos os dias, me reencontrar e respeitar o que sinto. Sendo clichê, é uma mistura de montanha russa e trem fantasma.

Um texto autoajuda né? Quero deixar registrado que não sou a mais nova “zen iluminada”, é apenas meu processo. Estou me reencontrando e aprendi que está tudo bem chorar.

texto de final de ano

Depois do almoço. Estou aqui, com fones no ouvido, escutando as músicas mais curtidas da playlist. Caderno e caneta me fazem companhia, não estou sozinha. Escrevo. As folhas em branco são em menor quantidade, escrevi muito nos últimos meses. Coisa demais. Não me vejo mais no fundo escuro, encolhida. Consigo ver luz. Estou de joelhos, ensaiando levantar. Parece texto de de final de ano, mas estamos no fim do ano mesmo.

um presente (Juliete)

Não é um texto para falar sobre reality show, embora esteja acompanhando o desenrolar da edição 21. Este texto é para falar sobre música. Gosto de música – na verdade eu amo música, a arte em forma de música, assim como a fotografia exercem um poder misterioso sobre mim. Constantemente estou descobrindo uma banda, uma cantora, um cantor, uma canção nova. Uma descoberta musical que me tocou e fez todo sentido, no processo de autoconhecimento que encaro no momento, foi a música “Triste, Louca Ou Má” Francisco, El Hombre, cantada pela participante Juliete, da edição 21, do reality show do momento. A letra dessa música foi como um presente para mim, uma descoberta musical que aqueceu meu coração, a letra fala sobre o feminino e todos os estereótipos que carregamos por ser mulher. Somos qualificadas, julgadas, condenadas, pressionadas, discriminadas e etc. Que nós – mulheres – aprendamos sempre um pouco mais sobre nós mesmas e que consigamos “desatinar” sempre que preciso for.

“Eu não me vejo na palavra / Fêmea, alvo de caça / Conformada vítima / Prefiro queimar o mapa / Traçar de novo a estrada / Ver cores nas cinzas / E a vida reinventar. “Triste, Louca Ou Má” Francisco, El Hombre

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parei

Nas últimas semanas eu parei. Não tenho conseguido terminar a leitura da edição do mês de março da revista – e o mês de abril já está no final – livros, músicas, filmes e séries também seguem suspensos. Me deixa angustiada não conseguir fazer coisas que gosto. Meu foco – na verdade a falta dele – me fez parar de vez. Um freio brusco que não percebi como aconteceu. Parei. Escrever seja talvez a única coisa – na verdade é a única coisa – que consigo fazer no momento, pausa para me escutar, estado de catarse completo. Escrevo para me libertar. Grito de dor e choro. Desejo que as palavras não me abandonem, sem elas fica quase impossível respirar.