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Hoje estou cheia de rachaduras. Não estou bem. Sinto que a qualquer momento serei inundada. Lama seca segurando rachaduras na parede não é seguro.
Acabou oficialmente, embora eu já soubesse de alguma maneira – minha intuição não falha – de que já havia passado do ponto faz algum tempo.
Não desistir facilmente é algo que carrego comigo – sou do signo da terra no mapa astral – acredito que usei todas as alternativas que a mim cabiam – mas sei o momento de parar, evitar desgastes e dores desnecessárias.
Não estou dizendo que foi fácil e indolor, pelo contrário, foi difícil e dolorido. Precisei ler nas entrelinhas, observar os sinais, ouvir o não dito – confesso que gastei muita energia – ficar subentendido machuca.
Esgotamos. Já não fazia mais sentindo insistir em algo que já não havia mais sentido. Apesar de muito doído, consigo identificar a importância de se ter experiência – faz um ano que fui ao fundo do poço, e o que vem depois do fundo também – então estar nesse lugar conhecido já não me assusta tanto – eu sei como sair dele e tenho todas as ferramentas necessárias dentro da minha sacola.
Por enquanto deixo cair todas as lágrimas que precisam para me lavar. Respirar. Levantar. Desejo que sejamos felizes e que a Luz do Universo guie nossos caminhos.
É isso, de repente solteira, novamente.
Quando anoiteceu
Nenhuma luz na nossa casa se acendeu
Aonde você estava?
Aonde estava eu?
Se tudo parecia nada, ainda assim
O nada era mais do que o que você deixou
No fim
Quando aconteceu
Quando algo em que a gente acreditava
Se perdeu
Por onde você andava?
Por que não me socorreu?
Não é o fim do mundo
É só o fim de tudo que fomos nós
Sem flutuar e sem tocar o fundo
Sempre sós