me sentindo sem ânimo. também com medo e perdida. estou sozinha, me sinto feia. sem esperança no futuro. estar solteira parece um fardo. ninguém me olhar parece sentença de solidão, de rejeição, de dor, de incapacidade. estou sem estímulos para fazer algo novo. sigo cansada. quero chorar, mas quem me entende? quem vai me entender? gostaria de estar estudando, realizando meus desejos, seguindo com a vida mais leve. tudo tem que ser tão difícil? eu não sigo? não acredito em mim. tô fazendo o maior esforço para me manter de pé. e não basta. só não basta.
Autor: C. Menezes
hoje me senti sozinha. faz um tempinho que não chorava mais de saudades. a repressa vazou. talvez o gosto do bolo de milho - aquele que comia antes de te encontrar - foi o gatilho para a memória. doído lembrar. desejei por um momento o passado. carro parado no meu portão. mochila nas costas. abri a ferida hoje. não cicatrizou. deixa eu chorar. não está tudo bem. sem fingir.
espelho
a sociedade nos cobra tantas versões de nós mesmas que já não sei quem sou.
nauseante, CLT, nauseante
o capitalismo mais uma vez usando o proletariado a seu bel-prazer. defendem o próprio interesse enquanto usam como marionetes os operários, que não desconfiam do “esquema” articulado.
do Instagram

saquinhos de chá

mais uma volta ao redor do Sol
buscando por dentro,
a mim mesma.
perdida.
encaro de frente.
sem espelho.
zera.
reinicia.
a vida.
hoje,
agradecer.
amanhã,
viver.
SOL.
(maktub)
um dia de cada vez
aperta o play
venho pensando em te processar.
juntar todas as notas e te cobrar por todos os recursos que
[precisei]
[preciso]
utilizar para recolher os pedaços do meu coração que você estilhaçou.
quisera eu não sentir mais dor.
venho pensando em te processar.