Alerta de textão
[…] Só estou triste hoje porque eu estou cansada. De um modo geral eu sou alegre […]
(Entrevista de Clarice Lispector, concedida em 1977, ao repórter Júlio Lerner, da TV Cultura.)
Clarice é tão atemporal que me faz imaginar o que ela escreveria e falaria sobre esse tempo sombrio que estamos enfrentando – chamo-a de Clarice como quem tem intimidade, sim, somos íntimas, há momentos que somos apenas nós duas.
Estou cansada, repito frequentemente, talvez você também. Exaustão física e mental. Não tem como fazer de conta ou forçar um riso quando se quer chorar. Bagunça interna. Caos mundial. No Brasil a crise política, econômica, social, ambiental, sanitária, educacional me causa mais incomodo. Às vezes penso que nada pode ser feito. A desigualdade escancarada. A violência gratuita. A meritocracia pungente. A discriminação velada. Me recuso a chamar o atual representante do país de presidente, não consigo nomeá-lo para além de genocida manipulador mentiroso. Tenho medo do que virá ou se virá. Estou cansada.
Ah, Clarice, você faz falta…
Eu também.
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Eu vi essa entrevista.
Excelente!👏🏻👏🏻👏🏻
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Cansado? Sim! Mas sempre disposto a continuar a luta. Parafraseando o filosofo Sócrates: “A vida sem “luta” não vale a pena ser vivida.”
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sigamos na luta. parando em alguns momentos para descansar.
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