Nas últimas semanas eu parei. Não tenho conseguido terminar a leitura da edição do mês de março da revista – e o mês de abril já está no final – livros, músicas, filmes e séries também seguem suspensos. Me deixa angustiada não conseguir fazer coisas que gosto. Meu foco – na verdade a falta dele – me fez parar de vez. Um freio brusco que não percebi como aconteceu. Parei. Escrever seja talvez a única coisa – na verdade é a única coisa – que consigo fazer no momento, pausa para me escutar, estado de catarse completo. Escrevo para me libertar. Grito de dor e choro. Desejo que as palavras não me abandonem, sem elas fica quase impossível respirar.
[De repente solteira]
Histórias e reflexões de uma mulher que foi quebrada em mil pedaços e está juntando todos eles.
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[De repente solteira] 
eu já perdi as contas de quantas vezes eu estive exatamente assim, como descreveu no texto // as vezes, demora pra gente voltar a vida, mas acontece // fica bem 💕
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😔 cansa, viu
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e como 😕
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Este momento horrivel vai passar.😭
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Que assim seja!
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Os últimos dois anos da minha vida têm sido assim: baixa concentração, cada vez menos palavras ao escrever (já adianto que é meu jeito, escrever o mínimo para tentar o máximo, tento justificar), café puro ao amanhecer com os pássaros, sem foco na fotografia (que ironia), e a lista cresce. Então, descubro ao ter que ir sozinho receber a vacina o bloqueio total: a insegurança. Depois do diagnóstico do câncer, a cirurgia, a quimioterapia, os exames a cada seis meses (os próximos estão batendo à porta) fizeram com que eu tivesse toda a força possível para batalhar contra a doença e a mantenho intacta, mente forte, tranquila e pacificado como pessoa. Faltava apenas um passo: estar sozinho, não comigo mesmo, mas na vida. Enfim, consegui. Tudo passa. “Eles passarão, eu passarinho” diria Quintana. Vais logo ter foco outra vez e seguir. Um grande abraço.💐🍎🌷
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Desejo muita saúde e paz para você!!! Tudo passa, sim.
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